Holofote
Pocah revisita suas raízes e lança “Cria de Caxias”, primeiro álbum da carreira
MC Pocahontas, é você? Revisitando suas raízes, Pocah lançou, nesta terça-feira (3), o primeiro álbum de sua carreira, “Cria De Caxias”, em todas as plataformas digitais. Tati Quebra Barraco, Rebecca, Kevin O Chris, TH4I, Slipmami, Triz, MC GW, L7NNON e Tropkillaz participam do projeto da artista.
Há 14 anos na música, Pocah explica que este não é apenas um álbum, mas um projeto biográfico que busca contar sua história em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, Rio de Janeiro.
“Aqui, entrego um trabalho completo e que representa quem eu sou e todas as fases que vivi. Nesse trabalho, o público vai conhecer histórias já contadas e outras guardadas a sete chaves – não só pela minha voz, mas pela minha arte”.
POCAH
O álbum é dividido em três atos distintos e cada um representa uma fase da vida e da carreira de Pocah. Essa estrutura narrativa se faz presente tanto na sonoridade, quanto no conteúdo lírico das faixas, com cada ato sendo introduzido por uma interlude que marca o início de um novo capítulo.
Confira “Cria de Caxias”:
Primeiro Ato: “MC Pocahontas”
No primeiro ato, “MC Pocahontas”, Pocah revisita o início de sua carreira, quando se destacou como funkeira em Duque de Caxias. Este bloco inclui faixas como “SÓ DE RAIVA”, uma colaboração com Rebecca e Tati Quebra Barraco que explora temas de empoderamento feminino com o sarcasmo e o deboche característico de Pocah. A produção evoca a energia dos primeiros bailes de funk onde a artista se apresentou. “GOSTOSAS NO TOPO” é uma exaltação à própria auto-estima, enquanto “ASSANHADINHA” assume os holofotes como a primeira faixa já conhecida do público. Sucesso viral de 2023, ao lado do funkeiro caxiense MC Durrony, o single biográfico de Pocah sobre as madrugadas no Baile da RQ, tradicional de Caxias, já acumula mais de 15 milhões de plays nas plataformas. “DI MAROLA”, parceria com MC Kevin O Chris, mais um representante de Duque de Caxias, fecha o bloco com uma sonoridade que remete aos tempos em que Pocah viralizou nas redes sociais com suas danças sensuais.
Segundo Ato: “Pocah”
O segundo ato, “Pocah”, simboliza a transição da artista para uma fase mais ousada e experimental, onde ela explora novos gêneros musicais e adota uma postura pop sem abandonar suas raízes no funk. O destaque é a faixa-título “Cria de Caxias”, em parceria com a rapper Slipmami, que é um hino da cultura periférica. Ela canta “Nós é padrão dequalidade, o puro suco do Rio / Isso é Cria De Caxias, respeita quem vem de lá”. Slipmami rima usando frases que fazem referência à fase MC Pocahontas em suas letras rápidas. A faixa “Venenosa”, parceria com Triz e MC Gw, também já é conhecida do público e, em menos de uma semana, se tornou umas das músicas mais reproduzidas de Pocah nas redes sociais. “Conteúdo Sensível” reflete a evolução sonora da artista, com influências de R&B e uma lírica mais sensual, transicionando o disco para um lado mais distante do funk. “Brilho No Olho”, colaboração com L7NNON, encerra este ato com uma retrospectiva sobre a vida dela, celebrando sua jornada, superação pessoal e ascensão econômica.
Terceiro Ato: “Viviane”
No terceiro e último ato, “Viviane”, Pocah revela uma face mais íntima e emocional. Em um tom mais vulnerável, ela aborda temas pessoais, traumas e batalhas em faixas como “Livramento”, uma balada poderosa que fala sobre a experiência dela em um relacionamento abusivo e como sua fé se fez presente naquele momento. Na música, a voz de Pocah é acompanhada por um corpo de cordas orquestrais. Em “Nunca Tá Bom”, ao som de um violão, ela reflete sobre as pressões externas em sua vida e carreira. O álbum fecha com a faixa “Vitória”, uma música emotiva em que ela canta ao lado de sua filha, que tem o mesmo nome, celebrando a maternidade como uma de suas maiores conquistas e a grande força que a manteve firme em sua trajetória.