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Dia da Favela será celebrado em 20 países, e Leci Brandão será a homenageada

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No dia 4 de novembro, as favelas brasileiras comemoram o Dia da Favela, data criada para reconhecer a resistência, a potência e a importância social, cultural e histórica das favelas brasileiras e de seus moradores.

Em 2024, a celebração homenageia a sambista Leci Brandão, coautora da Lei do Dia da Favela no estado de São Paulo. Além disso, será o primeiro ano em que o IBGE reconhece oficialmente o nome “Favela”, substituindo o antigo termo “aglomerado subnormal”.

O Dia da Favela foi instituído em 2006 pela Central Única das Favelas (CUFA) para dar visibilidade à força das favelas brasileiras, destacando seus talentos e conquistas em diversas áreas, como cultura, esporte, empreendedorismo e educação.

Este ano, o Dia da Favela entra na agenda de mais 19 países, celebrando a capacidade de superação e o protagonismo dos seus moradores, que, apesar das adversidades, continuam transformando suas realidades.

Leci Brandão: uma voz de resistência e inspiração

A escolha de Leci Brandão como homenageada em 2024 reforça a conexão entre o samba, a cultura popular e a resistência das favelas. Ao longo de sua carreira, Leci Brandão tornou-se um símbolo de luta pelos direitos humanos e equilíbrio social. Cantora, compositora e ativista, Leci é uma das grandes personalidades brasileiras que transita por todos os segmentos da sociedade, levando a bandeira dos negros, das mulheres e do gueto com total maestria.

“A Leci Brandão representa o espírito da favela: luta, resistência, cultura e transformação. É uma honra para a CUFA poder prestar essa homenagem a uma mulher que, assim como nossas favelas, nunca desistiu de lutar por um Brasil mais justo e igualitário”.

Kalyne Lima, presidenta da CUFA Brasil

Programação especial e homenagens

Além da homenagem a Leci Brandão, o Dia da Favela 2024 contará com uma programação especial em várias cidades do Brasil, com atividades culturais, rodas de conversa e apresentações artísticas. O objetivo é não apenas celebrar a data, mas também promover a conscientização sobre as conquistas das favelas e a importância de continuar lutando por melhores condições de vida para seus moradores.

Os eventos são por adesão, e todas as atividades realizadas no dia 4 poderão fazer parte da programação oficial.

Leci Brandão, assim como Zeca Pagodinho no ano passado, será agraciada com o prêmio “ANU Preto”, o pássaro símbolo da CUFA, escolhido por ser considerado um símbolo de mau agouro.

“Nossa missão é transformar o que é negativo em algo positivo, ressignificar tudo o que for possível, por isso o anu, e a Leci ajuda nessa mudança”.

Nega Gizza, cofundadora da CUFA

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